1 A Arte do Louceiro consiste em fazer vasilhas, e outras obras de barro, que se embebe em agua para o amolecer, e se amassa e se dá depois differentes figuras; e se fazem cozer para lhe dar solidez, conforme esta definiçaõ, o que faz pitos, o louceiro, e os que fazem porcelana saõ oleiros; porém fazem obras mais perfeitas do que estes de que vamos a fallar. Assim entende-se por oleiros, os que fazem obras communs, e que por isso se podem dar baratas.
2 A argilla[1], que se chama tambem terra barrenta, faz a base das terras de que usaõ os oleiros, e he a proposito dar os caracteres que a fazem particular destinguindo das outras terras. Para isto a vou considerar em seu estado de pureza, ainda que he difficil, ou talvez impossivel obtella sem mistura de differentes substancias estranhas, que mudando sua natureza; humas vezes a tornaõ mais propria para as obras de oleiro, e outras obrigaraõ os oleiros a trabalhos consideraveis para purificar o barro, sem o que seria inutil.[2]
3 A argilla[3] ou barro puro he formada de partes muito finas, que se unem muito humas ás outras; porque estando amontuadas em massa, e unidas humas ás outras, cheguando a hum grande gráo de secura, endurecem, de sorte que hum torraõ de argilla exactamente amassado, e bem secco, contrahe huma dureza de pedras: por causa das suas partes serem muito finas, neste estado he susceptivel de tomar certo polimento: he macia, e saponacea ao toque; e por isso he que se chama a esta terra gorda. Ella atrahe a humidade, o que a faz pegar a lingua se acaso a toca; tambem se une bem ás substancias gordas; e por isso serve para tirar certas nodoas.[4]
4 Depois de ter cortado, ou quebrado em molleculas de mediocre tamanho, se deixaõ ficar na agua, de que ella se carrega em abundancia; ella se incha á proporçaõ que se carrega da agua e se póde desfazer huma pequena quantidade em muita agua. Mas quando se lhe naõ lança bastante para a reduzir a huma especie de lama, e que se amassa como adiante explicaremos, he o que se chama argamassar, ella se faz glutinosa, e fórma huma massa muito ductivel, que se póde estender sem a quebrar; de sorte, que hum habil oleiro chega a fazella tomar differentes figuras; e quando se usa della em massa alguma cousa mais dura, se póde fazer hum grande vaso, com pouca grossura sem este se desfazer pelo pezo. Quando a argilla está assim bem amassada, ou argamassada, de sorte que faça huma massa firme, naõ he penetravel á agua, em quanto naõ sécca, por isso se usa della nas argamaças dos tanques, ou pias de conservar agua. Por isto he que os bancos de argilla que estaõ debaixo da terra formaõ muitas vezes tanques sobterraneos, dos quaes nascem fontes de agua, algumas vezes assás boa: porque a argilla, que naõ está exposta ao ar, ao sol, ou ao vento, conserva sua humidade, ductibilidade, e a propriedade de naõ ser penetravel a agua.
5 Os oleiros se aproveitaõ da ductibilidade da argilla para a trabalharem na roda, e moldes; mas as argillas em seccando, quanto mais puras saõ, mais encolhem, isto he diminuem muito do seu volume, á medida que a agua se evapora: e neste estado estaõ sujeitas a rachar-se e seriaõ inuteis aos oleiros, se elles naõ tivessem meios de lhe empedir o encolher tanto, como adiante diremos.
6 A argilla, pura tal, como nós ao presente a consideramos ou detodo, naõ he atacada pelos acidos, ou muito pouco: digo muito pouco porque em muitas argillas se pode descobrir o acido vitriolico. Esta argilla resiste muito á acçaõ do fogo sem se derreter, e por conseguinte cozendo se adquire huma dureza igual á dos seixos, a ponto de que certas argillas bem cozidas chegaõ a deitar fogo sendo feridas com aço. Esta propriedade parece indicar, que hum fogo muito activo as faz tomar hum principio de defusaõ pois ainda que ella seccando indurece, com tudo naõ chega ao gráo que lhe dá o fogo; a argilla, ou barro, nunca muda de natureza por mais secca que fique; conserva a propriedade de ser penetrada pela agua, e tornar-se em huma massa ductivel; pelo contrario cozendo-se muda totalmente de natureza: já entaõ naõ he argilla, he huma argamassa muito dura, ou huma especie de area impenetravel, á agua e que naõ póde adquirir alguma ductibilidade com este fluido.
7 Nisto a argilla differe muito das boas argamassas de cal, e arêa, que endurecem, seccando, mas expondo-se a huma grande calcinaçaõ a perdem. A dureza da argilla cozida he muito differente, das pedras calcares, ainda as mais duras, como o marmore, porque estas pedras sendo expostas a hum grande fogo, e reduzidas a cal perdem sua dureza, que parece depender em parte da humidade, pois que ellas perdem a sua firmeza, logo que pela calcinaçaõ, se lhe dissipou toda a humidade, que parece ser a que fórma a uniaõ das partes; e quando fazendo a argamassa de cal e arêa se lhe lança a humidade, ella pelo tempo toma huma dureza bem consideravel: pelo contrario a dureza da boa argilla se augmenta á medida, que se faz passar por hum grande fogo. A grande violencia do fogo a racha, defórma, e a reduz a huma especie de vidro imperfeito, mas que conserva sua dureza. Eis aqui o que me faz pensar, que a dureza da argilla cozida consiste, em que suas partes adquirem hum principio da fusaõ ou brandura pela grande acçaõ do fogo, e isto as une humas ás outras, brandura, que se póde dizer, que as argillas saõ refractarias pella vitrificaçaõ, ou fusaõ perfeita.
8 Estas observações por mais sucintas, que sejaõ bastaõ para caracterizar a argilla pura; mas como se naõ encontra sem estar unida ás substancias estranhas, he mais importante para a arte de que tratamos, fallar das argillas alliadas ou com mistura, e taes como ellas se achaõ na terra, pois desta especie he que se usa nas olarias. As obras desta se vendem muito baratas, e por isso se naõ póde ir buscar longe de casa, como se faz para as obras preciosas, e porcelanas; he preciso que para ellas se use de argillas que estejaõ perto de casa. Felizmente a argilla se acha em muitos lugares em maior, ou menor profundeza da terra, se acaso se dá attençaõ ás substancias com que se combina. Ha della muitas especies differentes: acha-se humas vezes em grandes montes, e outras em bancos que tem pouca espessura relativamente á sua extensaõ; em fim ella se destribue algumas vezes pela terra por veias, que se devem seguir; a especie de argilla naõ he sempre a mesma na continuaçaõ da mesma veia, ou quando se tira da terra mais superficial, ou mais profunda.
9 A respeito de suas côres ao sahir da terra, he branca, cinzenta, asulada, tirando a côr da pedra asul Ardosia, verde, amarella, vermelha, e de côr de marmore.
10 Estas differentes côres de argillas só nos podem dar indicios pouco certos da qualidade das louças que della se fará: com tudo naõ se devem desprezar; porque estes indicios nos podem guiar a fazer experiencias para certificar-nos da sua boa, ou má qualidade. Disso fallaremos nós adiante.
11 Em geral se preferem as argillas brancas, ou escuras ás amarellas, vermelhas ou verdes, e algumas vezes ás que tem mistura de differentes côres. Estas côres dependem de huma tintura metálica, sulfurea, ou bituminosa; por que, como dissemos, no modo de fazer pitos, ha argillas que augmentaõ á alvura quando se cozem, porque a substancia apparente que alterava a sua côr era destructivel pelo fogo, e as outras cozendo-se ficaõ vermelhas, amarellas, escuras, ou quasi negras. Parece que estas côres fixas saõ causadas pelas differentes substancias metálicas, que se dissolvem com os acidos especialmente o vitriolico: porque he preciso que estas substancias colorantes se reduzaõ em particulas muito subtis, pois estas argillas de differentes côres parecem muito macias, e impalpaveis entre os dedos, e homogenias quando as cortaõ. As substancias tenues de que acabamos de fallar, raras vezes alteraõ os barros communs, de que ao presente fallamos. Digo raras vezes, porque algumas vezes as podem tornar fussiveis: o que em alguns casos he grande defeito. Outras vezes lançaõ vapores que fazem mal ao verniz, ou vidrado com que se cobrem: disto fallarei em outra occasiaõ.
12 Segundo a qualidade dos barros, e uso que delles se faz chamaõ-se barro de tijollos, de ladrilhos, de panellas, de cadinhos, e pitos.
13 Muitas vezes os oleiros se servem de argillas, que tem substancias heterogeneas mais sensiveis, como a mica,[5] pyrites[6] terras calcareas[7] arêas de differentes naturezas, e fragmentos de diversas qualidades da mina.
14 Naõ fallo aqui destas substancias, que se achaõ em grandes pedaços, e que os oleiros apanhando-as, quando amassaõ o barro, as lançaõ fóra; mas das que se achaõ em molleculas assás grossas, e que se persente nos dedos, e se vê quando se corta hum pedaço de barro, com tudo insufficientes para se tirar a maõ todas estas materias de qualquer natureza, que sejaõ, prejudicaõ mais, ou menos a louça, quando seu volume he hum um pouco consideravel, porque naõ se podem fazer obras asseadas, e nem a superficie fica lisa. He verdade que desfazendo esta argilla em muita agua, e passando-a para outro vazo depois de precipitadas as substancias mais pezadas, se tiraõ argillas quasi isentas de partes heterogeneas, e que serveriaõ para obras mais delicadas; mas esta preparaçaõ do barro que se póde empregar em obras de louça fina requer muitas manobras, quando se está fazendo louça grossa; e assim dos barros areentos só se usa para fazer tijollos ou telha; para a louça se escolhem veias de barro mais puro, e isento de huma mistura grosseira, ou de natureza, que altere a bondade da louça. Vem a proposito entrar em algumas individuações a este respeito, porque principalmente da natureza destas misturas resulta a differente qualidade dos barros; e o oleiro que se estabelece em hum lugar, deve procurar todos os meios de conhecer a natureza do barro, de que se deve servir, sem se arriscar a perder muitas fornadas, e arruinar-se.
15 Deve-se esfregar entre os dedos para ver se he macio ao toque, e se he ligado, e ductivel. E encontrando-se corpos estranhos, se devem alimpar, e pôr de parte para conhecer de que natureza saõ. Naõ nos devemos contentar só com isto; por que se a lavage, de que acima fallamos, para as obras communs precisa muita despeza, deve-se sempre desfazer em agua hum bocado de argilla, ao menos, para conhecer-lhe precisamente a natureza, e a quantidade de substancias pouco mais ou menos, que estaõ misturadas com ella: porque como as substancias de differentes generos tem pezos especificos, que lhe saõ particulares, vasando muitas vezes a agua em que se diluio a argilla v. g. passados cinco minutos, depois passados dez, e depois quinze se chegaráõ a separar as substancias, que segundo o seu pezo, se precipitarem mais depressa, ou mais de vagar, e assim se poderáõ examinar separadamente estes differentes precipitados para se poderem conhecer melhor por experiencias particulares; porque destas differentes ligas dependem, em grande parte as qualidades das argillas, e das louças, que dellas se fazem. He verdade, que apezar da lavagem ellas conservaõ partes muito finas, e muito divididas, que lhe daõ côr, como acima dissemos; porém estas partes heterogeneas muito finas saõ pouco nocivas as louças communs. Por exemplo, se segundo diz Mr. Pott, a argilla sendo misturada com substancias de gesso se torna muito dura no fogo; diz tambem que os barros vitrificaveis, misturando-se com a argilla firme ficaõ muito duros cozendo-se; mas he hum grande defeito nas argillas o terem liga de pedras calcareas em molleculas de maior tamanho, que se calcinaõ ao cozer; e depois quando sentem humidade, inchaõ, e quebraõ a obra, se estaõ no meio do barro, e se ficaõ na superficie, a agua as dissolve, e fica hum buraco em seu lugar: todavia eu digo quando ellas saõ maiores; porque em certos casos as substancias calcareas reduzidas a pó subtil, e misturadas em pequena quantidade com substancias vitrificaveis, podem contribuir para a bondade da louça. He de experiencia que algumas vezes duas substancias, que separadas naõ saõ vitrificaveis, unidas se vitrificaõ; e com razaõ mais forte se vitrificaráõ as particulas da cal combinando-se com substancias vitrificaveis.
16 As pyrites tambem saõ huma qualidade de liga muito má; queimaõ-se ao cozer, e se dissipaõ inteiramente, e fica hum buraco em seu lugar, ou quando menos, faz huma mancha negra, similhante a escorea de ferro, e com difficuldade pega o verniz, ou vidrado sobre ella. Os oleiros dizem que o mesmo vapor sulphureo, que della, se exhalla a queimar, offende ao verniz das louças que estaõ visinhas.
17 A arêa he necessaria para impedir ás argillas muito puras o encolherem, e fazellas seccar e coser sem se quebrarem, para isto saõ proprias as arêas refractarias, que com difficuldade derretem. Os vasos que dellas se fazem, soffrem hum grande fogo, e naõ saõ sujeitos a quebrarem pelas alternativas de frio, e calor: mas he preciso hum grande fogo para as cozer, sem isto naõ fica o barro muito duravel. Póde-se com tudo fazer dellas boa louça, e mesmo cadinhos; porém saõ permeaveis a todas as substancias, que se tornaõ muito fluidas pela fusaõ, como os saes, o chumbo; porque ficando com o tecido pouco tapado, naõ as póde conter. Podia-se fazer o seu tecido mais tapado ajuntando lhe hum bocado de barro vitrificavel. Com tudo se estas arêas fossem em muito grande quantidade, diminuiriaõ totalmente a ductibilidade da argilla, e seria muito difficil o trabalhalla particularmente na roda. He verdade, que pella lavagem, se poderia tirar huma parte da arêa, que se achasse em muita abundancia no barro; mas os oleiros naõ recorrem a este meio, que precisa muita manobra: elles preferem misturar as argillas, que chamaõ muito magras, com outras, que sendo muito gordas, fazem encolher muito a louça, e quebra-se ao seccar. Deste modo com a mistura pouco dispendiosa corrigem os defeitos dos dous barros, hum por muito gordo, e outro por muito magro.
18 As areias fusiveis, vitrificaveis, e metállicas tornaõ a argilla fusivel, e a louça naõ póde supportar entaõ hum fogo consideravel sem ficar com defeito; por isso quasi todas as obras destas argillas fusiveis, saõ cozidas ligeiramente, seu interior he grosseiro, taõ poroso, que a agua trespassa os vasos sobre tudo, quando para impedir o encolher, se lhe ajunta muita arêa; e neste estado do barro só se podem fazer delle vasos de Jardins, alguidares, e fogareiros, e para os utensis communs do uso se precisa cubrillos de hum esmalte, que se chama verniz.
19 A economia obriga a fazer estas louças que se trabalhaõ com facilidade, encolhem pouco, e com hum fogo mediocre se cozem, e tem a vantagem de se poderem expôr ao fogo sem se quebrarem. Estas louças muito communs se fazem em grande quantidade, porque se daõ baratas; mas tem pouca solidez, a menor queda as quebra, e por isso saõ pouco duraveis.
20 Quando se misturaõ estas areias vitrificaveis com as argillas, ellas se chegaõ a cozer bem, sem as obras ficarem com defeitos, o seu tecido muitas vezes fica bem fechado; ellas se naõ dissolvem pelos acidos, e conservaõ os metaes, e saes derretidos; porém, como se chegaõ muito á natureza do vidro, os vasos naõ podem soffrer a alternativa do frio, e do calor; e para que se naõ quebrem he preciso esquentallos com muito cuidado.
21 Os barros, de que se usa, para fazer as louças, que chamaõ de grêda, commumente tem este defeito; sendo de hum tecido muito fechado, resistem á fusaõ dos saes, e do vidro de chumbo: porém he preciso muito cuidado, quando se passaõ do frio para o calor. Para ellas naõ terem este defeito, he preciso que naõ fiquem taõ chegadas ao estado de vidro. Ha algumas que saõ desta natureza, e que se poderiaõ ter por huma porcelana grosseira. Eu supponho os barros de que se fazem tem a liga de areia refractaria, e de arêa vitrificavel de donde resulta a vitrificaçaõ. Naõ tenho tido commodo de examinar estes barros com bem cuidado para dar por certo, o que acabo de dizer: o que posso certificar he que tendo dissolvido em muita agua o barro de Gournay, de que se fazem os potes para a manteiga de Isigny, e tendo-a vasado depois de se ter precipitado huma parte da arêa, e pyrites, que elle continha, desta argilla privada de huma parte da sua areia, mandei fazer cadinhos, que se podiaõ pôr vermelhos ao fogo, e depois lançallos em agua fria sem se quebrarem. Se eu tivesse á maõ estes barros, estou persuadido, que chegaria a fazer vasos, que naõ teriaõ algum mericimento pela belleza, mas seriaõ taõ bons como a porcelana, e teriaõ todas as perfeições, que podem haver nas louças communs.
22 Os oleiros naõ entraõ em exames taõ circunstanciados: se achaõ argilla macia ao tacto julgaõ bem della amassaõ-na, e trabalhaõ: se a achaõ muito magra, e pouco ductil, ajuntaõ-lhe argilla muito gorda: se vem que argilla diminue muito de volume em secando, e que se fende, emmagrecem-na ajuntando-lhe barro areento, ou mesmo arêa em proporçaõ que lhe permitta conservar sua ductibilidade, e a fazem cozer; se ellas derretem, ou ficaõ com defeito as peças no forno, diminuem a actividade do fogo, e só as empregaõ nos utensis communs do uso, que cobrem de verniz. Se hum fogo ordinario naõ basta para as cozer, ou dar-lhes toda a dureza, de que saõ susceptiveis, ou vem que podem supportar grande fogo sem defeito, cozem-nas como greda. Se com este grande fogo, alcançaõ que vaõ tomando a natureza de vidro para poder resistir ao fogo, fazem utensis, que naõ devem servir no fogo; como botelhas, potes para manteiga, saleiros, alguidares, quartas, e potes para leiterias. Para torna-las menos frageis ao fogo, ligaõ as argillas muito fortes com barros já cozidos, como potes de greda reduzidos a pó; entaõ, sendo bem cozidos, podem ir ao fogo os vasos ou peças, ainda que naõ haja o cuidado de as esquentar primeiro; mas os cadinhos para ensaios de metaes, ou para saes derretidos, he preciso que o barro naõ tenha substancia metálica, que se derretesse e deixasse escapar o que estivesse derretido no cadinho.
23 Algumas vezes estas ligas vem feitas por natureza, e os oleiros se servem da argilla tal, qual a natureza lhas apresenta: da qui vem a differença da louça de diversas Provincias, como as gredas escuras de Normandia, as da Bretanha, que tiraõ sobre o azul, as de Beauvais, que saõ amarelladas, tirando hum pouco a roxo, as de S. Fargeau que saõ brancas, e finalmente nas de Flandres, que mais que todas, se chegaõ á natureza da porcelana.