Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Heidi Betts

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Ardente noite de paixão, n.º 1266 - Setembro 2015

Título original: Bedded Then Wed

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7108-3

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Capítulo Catorze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Os últimos e lentos acordes de uma antiga canção de Tammy Winette saíam de um pequeno rádio colocado nos degraus do palco de música do parque.

Aquele rádio que tinha substituído a aparelhagem que tinha utilizado naquela mesma noite Emma Davis, que naquele momento tapava a boca para dissimular outro bocejo.

Estava esgotada.

Tinha passado o dia anterior a cozinhar para a celebração do Quatro de julho e a maior parte da manhã desse mesmo dia ajudando a decorar a praça central da localidade.

As celebrações do Quatro de julho em Gabriel’s Crossing eram já lendárias e Emma ficava encantada por dar uma ajuda sempre que podia, mas agora, às onze da noite, estava exausta.

A única coisa que queria era ir para casa, meter-se na cama e dormir durante uma semana ou, pelo menos, até ao meio-dia do dia seguinte.

Infelizmente, não parecia que o pudesse ainda fazer nos próximos momentos porque o seu pai e os seus amigos estavam a jogar póquer. Ao contrário de Emma e da maior parte da gente, que tinha recolhido as suas coisas e se tinha ido embora para casa há já algumas horas atrás, o seu pai não parecia ter pressa em ir-se embora.

Emma deixou cair a cabeça sobre os braços e fechou os olhos. Já que não podia ir para casa, pelo menos podia passar pelas brasas ali mesmo.

– Queres que te leve a casa?

Uma voz grave e profunda penetrou no seu esgotado cérebro e Emma levantou a cabeça para ver o homem que se tinha oferecido para a levar a casa.

Aquele homem era seu vizinho e um dos seus melhores amigos de infância.

Um dos seus melhores amigos e o seu amor secreto.

Bom, tinha sido o seu amor secreto da escola, mas já não o era. Não, claro que não. Mas quem pretendia ela enganar? Se com apenas olhar para Mitch Ramsey, um homem de cabelo preto e olhos cinzentos e penetrantes, sentia que o seu coração acelerava.

Há um minuto atrás estava tão cansada que não conseguia sequer pensar, mas agora sentia-se mais acordada que nunca, teria sido capaz de se pôr a dançar de novo... desde que Mitch dançasse com ela, claro.

Como Emma não tinha respondido, Mitch tirou o chapéu, pô-lo sobre a sua coxa e sorriu amavelmente.

– O teu pai parece encantado por estar a jogar às cartas, mas tu estás cansada, não estás? Se quiseres, levo-te a casa e ele voltará quando quiser.

«Meu herói», pensou Emma.

Sempre lhe tinha acontecido o mesmo com Mitch. Quando ele sorria para ela, Emma sentia que o coração dava uma reviravolta. Se pronunciava o seu nome, Emma sentia que a terra se abria sob os seus pés.

Não era a primeira vez que Mitch acudia a salvá-la porque Mitch era todo ele um cavalheiro.

– Parece-me uma ideia genial, obrigada – respondeu Emma levantando-se. – Vou dizer ao meu pai que me vou embora.

Mitch assentiu e ficou à espera de Emma enquanto ela se aproximava do grupo que estava a jogar póquer.

– Olá, papá – cumprimentou-o pondo-lhe as mãos sobre os ombros e beijando-o no rosto.

Wyatt Davis deixou as cartas sobre a mesa e deu um estalo com a língua.

– Voltei a ganhar, rapazes – disse aos seus amigos sem perder tempo em recolher o dinheiro que tinha ganho e que estava em cima da mesa. – Como estás, filha? – perguntou-lhe, virando-se seguidamente para ela.

– Estou cansada e quero ir para casa – respondeu Emma. – O Mitch ofereceu-se para me levar, para que tu possas ficar a jogar às cartas o tempo que quiseres.

Wyatt olhou para Mitch e assentiu.

– É muito amável da parte dele – comentou. – Não te importas que eu fique?

– Claro que não – sorriu Emma. – Diverte-te, mas não bebas porque tens que conduzir.

O seu pai sorriu também.

– Não te preocupes por mim, querida, só bebi uma cerveja e já não vou beber mais.

– Muito bem – despediu-se Emma beijando-o de novo. – Até amanhã – acrescentou olhando para os amigos do pai.

A seguir, voltou para ao pé de Mitch.

– Vamos embora? – perguntou ele.

Emma assentiu, pegou na sua mala que estava em cima da mesa e foi atrás de Mitch até à sua carrinha azul. Uma vez lá, Mitch abriu-lhe a porta, esperou que ela entrasse, fechou a porta e deu a volta ao veículo para entrar ele também.

Uma vez lá dentro, pôs o motor a trabalhar, ligou o ar condicionado e pôs o rádio a funcionar.

– Obrigada de novo – murmurou Emma ao aperceber-se que Mitch não tinha intenção de conversar. – Já me estava a ver a passar a noite encolhida sobre uma das mesas. Se tivesse sabido que o meu pai tinha a intenção de passar toda a noite a jogar às cartas, teríamos vindo em carros separados.

– De nada – respondeu Mitch. – A tua casa fica a caminho – sorriu.

– A verdade é que, se me tivesse apercebido, já te teria pedido há algumas horas que me levasses a casa.

O rancho de Mitch, Circle R, era quase ao lado da propriedade do pai de Emma. Embora houvesse terra entre os dois ranchos, para todos os efeitos, eram vizinhos.

– E por que que é que tu ficaste até tão tarde? Supunha que te terias ido embora mal tivesses podido.

Mitch era uma pessoa muito querida em Gabriel’s Crossing e dava sempre uma ajuda aquando das celebrações mas, desde que se tinha divorciado de Suzanne há quatro anos, tinha-se convertido num homem calado e solitário que passava a maior parte do tempo sozinho no seu rancho e que ia à aldeia unicamente quando precisava de ir às compras ou para algum acontecimento especial, como aquela noite mas naquelas ocasiões, costumava ir-se embora muito cedo.

– O Chase levou a minha mãe a casa depois do fogo de artifício mas, como foi ele quem se encarregou do sistema de som, precisava de alguém que ficasse para o desmontar e guardar – explicou-lhe Mitch apontando para o equipamento de música que estava no banco de trás.

– E por que é que não levaste tu a tua mãe a casa? – insistiu Emma.

– Porque a minha família acha que me transformei num eremita e que tenho que ter vida social. Por isso, insistiram para que eu ficasse. Tinham a esperança de que conhecesse uma rapariga agradável e que voltasse a casar.

Pela forma como tinha falado, Emma compreendeu que ele não achava graça nenhuma à ideia, mas não conseguiu evitar sentir que o seu sangue borbulhava.

– E conheceste alguma rapariga de que tivesses gostado? – perguntou.

– Não – respondeu Mitch sem pensar duas vezes. – Claro que também não estava à procura.

Nesse mesmo instante, Emma sentiu que o borbulhar do seu sangue terminava, o que não teria que a ter surpreendido de forma alguma. Não era segredo nenhum que a infidelidade de Suzanne e o divórcio tinham deixado Mitch destroçado. Nunca tinha sido uma pessoa que gostasse de sair mas, depois do divórcio, tinha-se tornado mais distante do que nunca e nada nem ninguém conseguiam mudar a sua atitude amargurada.

Além disso, Mitch tinha-a considerado sempre como sua vizinha e sua amiga. Emma gostaria que as coisas fossem de outra maneira, mas nunca tinha feito nada para que as coisas fossem de outra forma.

Poderia ter tentado namorar com ele ou ter comentado com ele os seus sentimentos diretamente, mas nunca o tinha feito; tinha guardado os seus sentimentos para si mesma e tinha seguido a vida de Mitch a uma certa distância.

Era uma cobarde. Talvez, se não o tivesse sido, Mitch não se teria casado com Suzanne e não estaria agora tão triste.

Emma engoliu em seco e limpou as palmas das mãos às calças de ganga, suspirando aliviada ao comprovar que estavam a chegar a sua casa. Chegar a casa poria fim ao incómodo silêncio que se tinha estabelecido entre eles.

Quando chegaram, Mitch estacionou em frente da casa amarela pálida e desligou o motor.

– Queres que te acompanhe até à porta?

Tendo em conta que Emma estava a dois segundos e dez passos da porta, a oferta era educada, mas desnecessária.

– Não, obrigada. Tenho de ir ver o gado antes de ir para a cama – respondeu desapertando o cinto e abrindo a porta.

Uma vez já fora do carro, ficou surpreendida ao ver que Mitch tinha saído também da carrinha e avançava na sua direção.

– O que é que vais fazer? – perguntou-lhe surpreendida.

– Vou ajudar-te com o gado.

– Não é preciso, não te preocupes, eu posso fazê-lo sozinha – respondeu Emma.

Embora não fossem os seus passatempos preferidos, tinha crescido a tratar dos estábulos e a escovar os cavalos e, juntamente com vários empregados, continuava a ajudar o seu pai com os afazeres quotidianos do rancho.

Ir ver se os cavalos tinham água e dar-lhes um pouco de cevada para a noite não era problema nenhum.

– Eu sei que tu podes fazê-lo sozinha, mas fá-lo-ás mais rápido se eu te ajudar – insistiu Mitch passando-lhe o braço pelos ombros.

Emma decidiu que era absurdo discutir com ele porque o que ele tinha dito tinha lógica, e como tal avançaram em direção aos estábulos. Lá chegados, Emma acendeu as luzes e ambos puseram mãos à obra.

Mitch tinha passado tanto tempo da sua infância no Double D que sabia onde estava tudo. Os cavalos puseram-se de pé ao sentir a sua presença e Mitch ia acariciando-os ao passar por eles.

Enquanto Emma punha água aos cavalos e se assegurava de que todos tinham comida, Mitch tirou um fardo para o pôr no campo para as vacas.

Terminaram quase ao mesmo tempo.

– Já está tudo feito? – perguntou Mitch a Emma.

– Quase – respondeu Emma agarrando numa escada de mão e apoiando-a contra a parede. – Há uma ninhada de gatinhos ali em cima e quero lá ir para ver como estão.

Dito isto, subiu pela escada tentando fazer o mínimo barulho possível e com muito cuidado pois a luz lá em cima era muito mais fraca do que lá em baixo e ela mal conseguia ver.

Ao ouvir que uma tábua de madeira rangia atrás dela, virou-se e, para sua surpresa, viu que Mitch a tinha seguido.

– Não era preciso que me acompanhasses – murmurou.

– Apeteceu-me – respondeu Mitch sem lhe dar grandes explicações.

Depois de decidir que Mitch fazia o que lhe dava na gana, Emma continuou à procura dos gatinhos. Encontrou-os todos juntos a um canto como se fossem um novelo. Eram adoráveis, tão pequeninos que se podia tê-los a todos na palma da mão.

Emma brincava com eles todos os dias desde que os tinha descoberto. Tinham os olhos abertos, mas ainda andavam com dificuldade.

Emma não lhes queria perturbar o sono, a única coisa que queria era assegurar-se de que estavam bem e depois ir-se embora mas, quando se preparava para o fazer, apareceu a gata, esfregou-se contra as pernas de Emma e colocou-se junto aos filhotes para lhes dar de mamar.

Ao ver a mãe, os gatinhos amontoaram-se à volta dela e começaram a comer e Emma aproveitou a oportunidade para os acariciar.

Normalmente, os felinos que viviam nos estábulos assustavam-se com a presença de humanos porque não lhes ligavam muito, mas Emma sempre os tinha tratado bem e desde que era pequena sempre os tinha procurado e acariciado, e assim, agora tinham um estábulo cheio de gatos carinhosos que acudiam à procura de carícias sempre que os ouviam entrar.

– São lindos – murmurou Mitch nas suas costas.

Emma assustou-se pois tinha-se esquecido da sua presença, algo difícil porque Mitch preenchia todo o espaço.

– Bem – comentou nervosa dando um passo atrás, – só queria ver se estavam bem. Podemos ir embora.

– Tens pressa? – perguntou-lhe Mitch sentando-se sobre um fardo de palha. – Se esperarmos que eles acabem de mamar, poderás acariciá-los um bocado.

Emma meteu as mãos nos bolsos das calças de ganga e balançou-se sobre os saltos. Obviamente, podia ir ao estábulo acariciar os gatos sempre que quisesse e Mitch sabia-o perfeitamente. Era óbvio que queria ficar mais um bocado. Tendo em conta que Emma já não costumava ter ocasião de falar com ele, e muito menos a sós, decidiu sentar-se a seu lado.

Assim fez, mantendo as costas direitas e as mãos sobre os joelhos. Pensou em alguma coisa para dizer, mas já tinha esgotado a lista de temas no trajeto para casa e, como tal, não lhe ocorria nada que dizer.

– Divertiste-te na festa? – perguntou-lhe Mitch.

– Sim, o piquenique do Quatro de julho é sempre bom – respondeu Emma.

– Sim – comentou Mitch metendo uma palha na boca. – Provei a tua tarte de cerejas antes que voasse. Estava ótima.

– Obrigada.

– Também tinhas feito mais coisas, não? Ouvi alguém dizer que cozinhas sempre uma série de coisas para o piquenique.

Emma assentiu, lembrando-se da quantidade de vezes que Mitch, o seu irmão Chase e ela tinham conversado daquela forma, recordando aqueles longos dias de verão quando fazia demasiado calor para ir correr ou brincar e encontravam uma sombra onde podiam ficar sem fazer nada.

As lembranças da sua infância, uma infância o mais feliz possível, tranquilizaram os seus nervos e Emma começou a ficar mais à vontade.

– Já sabes que a minha mãe costumava cozinhar como uma louca para as celebrações. Quando morreu, eu continuei a tradição. Tenho as suas receitas e sei que as pessoas gostam delas.

– Se não tivesses querido continuar a cozinhar, tê-lo-iam entendido.

– Sim, mas eu gosto de o fazer e, além disso, tenho a impressão de que, assim, o meu pai sente que a minha mãe continua por aqui.

– A tua mãe fazia a melhor salada de batata de todo o Texas.

– Sim, é verdade – respondeu Emma sorrindo.

– A tua também estava muito boa.

– Como é que sabes que era minha? – perguntou-lhe Emma, que sabia que havia várias tigelas de salada de batata e que cada uma tinha sido preparada por uma pessoa diferente.

Mitch levantou-se e aproximou-se dela muito sorridente.

– Porque quando te vi chegar, olhei bem para a tigela em que levavas a salada, observei-te enquanto deixavas tudo o demais em cima da mesa e depois fui servir-me primeiro para poder comer da tua comida.

O seu rosto estava a poucos centímetros do de Emma, que sentia o seu cheiro, um cheiro que a fazia pensar em acordar nos braços de um homem forte e sexy, mais concretamente daquele homem que tinha diante de si, acordar a seu lado, acariciar-lhe o rosto, beijá-lo...

– Pois eu não te vi – respondeu incapaz de afastar o olhar da sua boca.

– Isso é porque eu me estava a esconder para que as pessoas não me fizessem as perguntas que me costumam fazer sempre que eu apareço na localidade mas, de onde estava, tinha-te bem controlada e via tudo o que estavas a fazer.

Emma sentiu que estremecia face às suas palavras. Ele tinha estado a olhar para ela no piquenique e sem ela o saber. Em vez de se sentir nervosa porque a tinha estado a espiar, sentia-se lisonjeada e repentinamente excitada.

– Se tivesse sabido que andavas por aí, tinha-te convidado para dançar – disse-lhe acariciando-lhe o queixo.

Mitch agarrou-lhe a mão e beijou-lhe a palma. Nesse preciso momento, Emma sentiu que o desejo se apoderava dela.

– Podemos dançar agora – ofereceu-se Mitch.

– Não temos música.

– Bem – murmurou Mitch acariciando-lhe o lábio inferior com o polegar, – não sei quanto a ti, mas eu oiço qualquer coisa.

A seguir, inclinou-se sobre ela e beijou-a.

Emma sentiu que o seu coração batia aceleradamente, parecia que ia saltar do seu peito, trotava como um cavalo a galope.

Mitch Ramsey estava a beijá-la.

Finalmente.

E, para cúmulo, beijava maravilhosamente.

Aquele homem sabia exatamente como mover os lábios, como utilizar a língua e sabia a café com leite e açúcar.

Emma sentiu que os mamilos se endureciam e apertou-se contra ele enquanto Mitch acariciava o seu corpo. O calor das suas carícias queimava-lhe a blusa, punha-lhe pele de galinha e elevava a sua temperatura corporal por momentos.

Emma acariciou-lhe as costas, sentindo os seus músculos a moverem-se debaixo das suas mãos, deslizando os dedos até encontrar a cintura das calças de ganga de Mitch e tirando-lhe a camisa enquanto ele lhe desapertava a blusa.

Aquilo estava a ser incrível, maravilhoso, espetacular, tudo o que Emma tinha imaginado e mais.

De repente, Mitch agarrou-a pelos ombros e afastou-a ligeiramente do seu corpo. Emma apercebeu-se então de que ofegava e que a ele, que olhava para ela com desejo, também lhe parecia faltar o ar.

– Não pares – disse-lhe acariciando-lhe o cabelo, temendo que Mitch lhe dissesse que aquilo tinha sido um erro. – Por favor – acrescentou sem se importar se parecia patética ou desesperada. – Não pares.

– Claro que não – murmurou Mitch antes de a beijar de novo, enviando-a diretamente ao reino da perfeição temporal.