© Editora Gato-Bravo, 2021


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editor Marcel Lopes
coordenação editorial Paula Cajaty

revisão e adaptação Inês Carreira, Frederico Gustavo dos Anjos

projecto gráfico Bookxpress

imagem da capa Rebeca Rasel


Título

O fim do disfarce

Autor

Victor Santos


e-isbn 978-989-8938-87-9

1a edição: Fevereiro, 2021


gato·bravo
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A Frederico Gustavo







A Victor Bonfim

Sumário

Agradecimentos

Mataram a praia lá de Água Izé

Introdução

O fim do disfarce

Glossário

Agradecimentos

Os meus sinceros agradecimentos às pessoas que diretas ou indiretamente me ajudaram neste trabalho tão árduo e bonito como é o caso da escrita de O fim do disfarce, de uma longa vida.









Não se compra a amizade,
ela é como uma semente lançada à terra.
Sendo de boa qualidade brotará,
crescerá e dará frutos no seu habitat.

Assim seja!

Mataram a praia lá de Água Izé

Com Luta ganhamos a nossa andorinha

Feita com revoltas e garras

Gentes audaciosas

Balbuciaram a meia voz


Andorinha voa, voa Andorinha


Pássaro de bom tempo

Voo tão lindo e difícil

Mas, morreram os nossos heróis

E Conquistamos os nossos valores


Andorinha, saímos passeando pelas ruas

Com tambores e gritos

Conquistamos a liberdade.


Nesse voo perdemos a voz do comando

É por este conto que choro

Onde está o nosso ninho

Num alicerce a desfazer-se na areia


Andorinha voa voa

Não quero mais lembrança

De tanta vingança

Que os códigos, palavras de ordem

Sem alardes nem conflitos

Não sejam sons dispersos


O bom tempo virá

Andorinha voa voa

Na procura de bom tempo

Hoje perdemos as cores da andorinha

Brotamos a semente separatista

De uma mente sem rumo!

Encontramo-nos todos perdidos

Na barca do abismo incerto


Andorinha voa, voa andorinha

Não queremos mais tristeza

Este nosso voar é populista

De barca do abismo incerto


Heróis terão que nascer

Com tanta luta perdemos os comandantes

Caídos na boca do inferno

Lá na praia de Água Izé

Hoje reinam soldados.

Dizemos que o bom tempo voou

Onde a vida primitiva reinou

Onde era espelho da pátria

E o individualismo entrou.

Até onde chegamos

De canoa a remos ficamos

Andorinha voa voa

Em roda do arco

Um dia conquistaremos o bom tempo


É que eu sou portador desta rubrica

Deste espaço bonançoso

Em que havemos de sorrir todos num forum

Sem rancor e reservas

Deixemos voar a nossa andorinha


Andorinha voa voa…

Ao meu pai – Manuel Victor
Aos meus entes queridos

Sucumbido pela vida

Tão cedo levou-te a morte.

Para tão longe dos viventes

Nem já sei o que te aconteceu

Onde na nossa roda de arco

Fazíamos um rio de esperança…

Da mesma água e da mesma nascente!

Corriam nas nossas veias.

No seu redor sinto!

Linhas que separam o nosso passado

Do teu espírito presente

Do teu coração imaculado

Tu deixaste-me saudades

Fração de lembrança que semeaste;

E não enterraste na terra!

Onde tu partiste e deixaste o cristal

Hoje! O nosso coração chora

Por uma insanável perda tua.

Introdução

O acordo pretendido pelo escritor era o de transcrever e terminar uma série de episódios de cinco rodas de convento de ideias ‘O fim do disfarce’, de uma vida passada.

Por acaso, este trabalho teve o seu início na Galeria Teia D’Arte, no grande encontro de oficina de letras em que o escritor projetou os primeiros rascunhos de uma grande resistência interna e interpretação de um projeto, no interior de uma esfera amigável que mantinha com o Carlos, a Antonieta, o Duda, a Esttela, a Cáthia e o Celso.

O romance tem o seu alicerce em factos reais, que o autor tenta expor de forma clara, tais como as personagens, os seus obstáculos, as suas emoções, a sua repugnância e as situações críticas da sociedade. Este carrinho de rodas, puxado por uma imensidão de amigos, pessoas carinhosas e afetuosas a quem não deixaria de dedicar esta obra, pelo auxílio prestado na realização dessa aspiração de um passado, de uma longa vida, como é o caso do Dr. Frederico Gustavo, do Dr. Victor Bonfim e do Senhor Caustrino Alcântara.