Primeiro, aqui há UM ANÚNCIO – “Procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando”. Sem qualquer prefácio, permitam-me dizer que este foi o anúncio de um fato que foi percebido no céu, recebido com alegria pelos anjos, que foi surpreendente para Ananias e que era uma novidade para o próprio Saulo.
Este foi o anúncio de um fato que foi percebido no céu. O pobre Saulo tinha sido levado a clamar por misericórdia e, no momento em que começou a orar, Deus começou a ouvir. Vocês não percebem, ao lerem este capítulo, a atenção que Deus deu a Saulo? Ele sabia a rua onde ele estava – “Vai à rua que se chama Direita”. Ele sabia a casa onde ele estava – “na casa de Judas”. Ele sabia seu nome. Era Saulo. Ele sabia de onde ele era – “apelidado de Tarso”. Ele sabia que ele estava orando – “ele está orando”. Ó, é um fato glorioso que as orações são percebidas no céu! O pobre pecador contrito sobe ao seu quarto, dobra os joelhos, mas só consegue pronunciar seu lamento na linguagem de gemidos e lágrimas. Vejam, este gemido fez todas as harpas do céu vibrarem com música. Esta lágrima foi coletada por Deus e colocada na garrafinha do céu, para ser preservada para sempre. O suplicante, cujos temores impedem suas palavras, será bem entendido pelo Altíssimo. Ele pode derramar apenas uma lágrima ligeira. Mas “a oração é o derramar de uma lágrima”. As lágrimas são os diamantes do céu – os suspiros são uma parte da música do trono de Jeová. Pois embora as lágrimas sejam “A forma mais simples de discurso Que os lábios infantis podem tentar”, elas também são “as mais sublimes melodias que alcançam A Majestade nas alturas.”