Editado por Harlequin Ibérica.
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28001 Madrid
© 2007 Ann Cleary
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O meu chefe grego, n.º 969 - Maio 2017
Título original: My Tall Dark Greek Boss
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9868-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Se gostou deste livro…
Samos Stilakos apoiou-se no balcão com expressão séria e perguntou como é que se tinha deixado convencer para ir ao baile de máscaras do Banco Sirius.
Era um homem de negócios, não um tipo do mundo do espectáculo e, para além disso, onde estaria o seu par? Claro que já era indiferente. Acontecesse o que acontecesse, não se sentia à vontade. Era o que lhe costumava acontecer nas festas. Ficava sempre a olhar para os outros com vontade de sair a correr, apanhar um avião e ir para qualquer outro lugar.
Sam reparou na decoração do hotel e disse para si próprio que, tratando-se de um banco que estava à beira da ruína, não tinham poupado em despesas. Os empregados estavam-se a divertir à grande. Não deviam ter a mínima ideia do que os esperava. Para começar, se finalmente decidisse assumir a gerência do banco, aquelas festas iam-se acabar.
– Lamento muito o facto de a Ellie não aparecer – desculpou-se Stephen Fletcher, o director de Recursos Humanos do banco, que estava disfarçado de gangster. – Está-se a divertir, senhor Stilakos? – acrescentou a sorrir, nervoso.
Sam ficou a olhar para o executivo com incredulidade.
– É isto que os homens de negócios fazem? Dedicam-se a convidar possíveis clientes para as suas festas privadas?
– Não, claro que não – respondeu Fletcher. – Só o fizemos consigo porque queríamos que visse… queríamos que entendesse a política interna da Sirius. Queremos que a nossa equipa funcione. Achamos realmente que os empregados têm de se sentir bem para serem produtivos.
– Está a falar a sério? – respondeu Sam sorrindo estupefacto. – Acha que este desfilar de máscaras me vai convencer a comprar o seu banco?
– Sim, a verdade é que acho… apesar de confessar que a ideia não foi minha. Foi outra pessoa que sugeriu que lhe devia mostrar o rosto humano do banco para nos conhecer a fundo, em pessoa, para saber que caras têm os seus possíveis empregados, para ficar claro para si que são seres humanos que precisam dos respectivos trabalhos.
Sam escutava-o maravilhado. Não era de admirar que aquele banco tivesse problemas financeiros.
– E quem foi a pessoa que teve esta brilhante ideia? – quis saber.
Fletcher sorriu esperançado.
– A Ellie – respondeu. – Ellie O’Dea, o seu par. É uma das minhas empregadas. Vai-se dar muito bem com ela, vai ver, é uma rapariga encantadora e, para além disso, também é muito bonita. Não deve demorar muito a chegar… vamos ver… – acrescentou colocando-se em bicos de pés, à procura da sua subordinada.
Quando se voltou a virar, encontrou-se com os olhos de Stilakos, que o olhava com frieza, e sentiu que o sangue lhe gelava nas veias.
– Obrigado pela sua ajuda – disse-lhe com educação. – Fletcher, não é? – acrescentou fazendo com que o aludido estremecesse. – Não quero fazê-lo perder mais tempo. Obrigado por tudo. Volte para a festa.
– Mas… não, quero apresentar-lhe a Ellie… – balbuciou.
No entanto, ao ver que Stilakos o olhava como se fosse uma barata, encolheu os ombros e afastou-se, aflito. Sam observou como se afastava e, a seguir, virou-se para as pessoas que estavam a dançar.
Sentia-se profundamente decepcionado. O Banco Sirius tinha-lhe parecido um bom investimento, uma proposta atraente para a sua empresa porque andava mal no mercado de valores, o que lhe permitiria comprá-lo a baixo preço e relançá-lo em muito pouco tempo como um dos melhores… se não fossem aqueles empregados.
Para ser sincero consigo mesmo, aborrecia-se soberanamente. Os desafios já não lhe interessavam, ganhar tinha-se transformado na norma. Isso também o tinha entusiasmado a interessar-se pelo banco.
Naquele momento, uma Cleópatra voluptuosa avistou-o ao longe e começou a avançar para ele. Sam pensou que não era o momento e sentiu saudade das suas noites jovens, noites mágicas e misteriosas. Que era feito delas?
De repente, o ruído tornou-se ensurdecedor, o calor pareceu-lhe insuportável, afrouxou o nó da gravata e procurou a porta mais próxima. Viu uma porta envidraçada e dirigiu-se para lá, afastou uns balões e abriu-a.
Precisava de sair dali.
Uma vez lá fora, a brisa marinha envolveu-o e, assim que a porta se fechou, o ruído desapareceu. Sam demorou uns segundos a habituar-se à escuridão. Ainda estavam na Primavera e fazia fresco à noite, mas a brisa já trazia a promessa do Verão como se se tratasse do perfume de uma mulher.
Sam aproximou-se da varanda. O hotel estava na primeira linha da praia e ao longe avistava-se o vasto oceano. Ficou a escutar as ondas a rebentar na margem, inalou profundamente ar para se carregar de vitalidade e ficou a olhar para a lua, praticamente oculta atrás de umas nuvens.
Então, percebeu que não estava só.
Alerta, inspeccionou o terraço e viu que, ao fundo, havia alguém.
– Olá? – cumprimentou, avançando naquela direcção.
Ao ouvi-lo, a silhueta humana ficou completamente quieta, quase congelada. Sam continuou a avançar, intrigado.
– Quem está aí? – insistiu.
– Não se aproxime – respondeu-lhe uma voz feminina muito autoritária.
– Porquê? – quis saber Sam parando de repente.
– Porque o senhor está a invadir o meu espaço pessoal. Fora!
Sam sorriu, encantado.
– Estamos num terraço público. Vai-me dizer que o terraço todo faz parte do seu espaço pessoal? – troçou esquadrinhando a escuridão.
A lua escolheu aquele momento para abandonar o seu esconderijo atrás das nuvens e Sam sentiu o coração a sobressaltar-se. Perante ele apareceu uma mulher completamente vestida de branco que mais parecia um anjo. Tinha o cabelo quase pela cintura, solto. Sam sentiu que aquela pessoa não podia ser real e teve a sensação de estar a viver um conto de fadas.
– Não se aproxime – insistiu a mulher. – Não estou com humor para conversinhas, portanto fique onde está.
Sam riu-se.
– Eu também não gosto de conversar – comentou aproximando-se de todas as formas.
Ao perto, comprovou que, naturalmente, a desconhecida usava uma máscara que lhe ocultava o rosto.
– De que se disfarçou? – murmurou. – Ah, sim, claro, de Titania, não é? A rainha das fadas – acrescentou reconhecendo a coroa.
Ellie O’Dea ficou a olhar para ele de braços cruzados. Tinha a sensação de estar a viver o pior pesadelo da sua vida. Enquanto o desconhecido se aproximava, cruzou os braços para encontrar maneira de o afastar antes que reparasse que a parte de cima do vestido mal lhe cobria os seios.
– Sim, muito bem, muito esperto. Foi um prazer conhecê-lo – disse-lhe. – O meu namorado está quase a chegar, portanto não é preciso que me fique a fazer companhia.
Ellie não tinha namorado, mas parecia que o truque tinha dado resultado porque o desconhecido tinha parado de repente.
Tratava-se de um homem alto. Devia medir um e noventa. Era forte e, mesmo não o vendo na totalidade, parecia que tinha um rosto anguloso, as maçãs do rosto proeminentes e o nariz recto.
Ellie tinha vinte e nove anos e sabia tudo o que havia para saber sobre homens bonitos.
Sam ficou a olhar para ela da cabeça aos pés. Era bastante alta, devia-lhe chegar pelo ombro, não via bem de que cor tinha o cabelo, mas a sua pele pálida combinava com o luar. O vestido, que lhe chegava pelos tornozelos, parecia feito expressamente para ela, pois movia-se com elegância, marcando-lhe a cintura e as ancas. A parte de cima estava presa com uma corrente de prata que se fechava na nuca. Apesar de a mulher ter os braços cruzados, era impossível não ver que os seus mamilos ameaçavam trespassar o tecido.
Sam fez um esforço sobre-humano para não lhe ficar a olhar para os peitos e concentrou-se nos ombros. Estava extasiado perante tanta beleza.
– E o seu namorado não se importa de que esteja aqui sozinha?
– Não estou sozinha – respondeu Ellie. – Adorava estar, mas, como insistiu em invadir o meu espaço pessoal…
– Pronto, desculpe – disse Sam virando-se para se ir embora. – Vou-me embora – anunciou sentindo-se culpado. – Aproveite a noite.
Tinha dado uns quantos passos para se afastar quando ela falou.
– Espere um momento… por favor – disse-lhe.
Ao ouvir a sua voz doce e agradável, Sam sentiu um calafrio muito prazenteiro pelo corpo todo que há muito tempo não sentia e virou-se para ela.
– Tem a certeza? Não quero nenhum problema com o seu namorado.
– Oh, não se preocupe com ele – apressou-se Ellie a assegurar-lhe. – Não estava… não lhe causará nenhum problema… Viu a Scarlet O’Hara? – perguntou-lhe de repente.
– A verdade é que não sei como é a Scarlet O’Hara – confessou Sam.
De repente, teve a certeza que o namorado daquela mulher não ia voltar. Estava mortinho por lhe ver a cara, por lhe tirar a máscara. O pouco que podia ver era que tinha uns lábios que pediam a gritos ser beijados e um queixo do mais delicado.
Sam voltou-se a aproximar e ameaçou tirar-lhe a máscara, mas a desconhecida deu um passo atrás e impediu-o. Foi então que Sam reparou que segurava numa mão a corrente de prata que se atava ao pescoço.
– Então – comentou, – partiu-se? Por isso está aqui escondida? – perguntou-lhe. – Espero que tenha algo por baixo – acrescentou em tom sedutor.
A mulher não respondeu e Sam percebeu que estava envergonhada.
– Ria-se, sim, ria-se – disse-lhe orgulhosa. – Suponho que a situação pode parecer divertida a alguém sem coração – acrescentou com a voz embargada pela emoção.
Sam sentiu-se culpado num instante.
– Desculpe – disse. – Tem razão. Não é uma situação divertida. Tem um gancho ou alguma coisa do género para arranjar o vestido?
A desconhecida ficou em silêncio, como se não soubesse se confiar nele ou não.
– Já tentei, mas não consegui – respondeu por fim. – O tecido também se está a rasgar – acrescentou. – É porque as asas pesam muito – acrescentou assinalando umas asas brancas que havia no chão a seu lado. – Parte-se do princípio que deviam estar seguras aqui e aqui – concluiu dando a volta para lhe indicar os lugares.
Ao ver as suas costas nuas, Sam sentiu a boca seca e imaginou-se a percorrer-lhe a coluna vertebral com as pontas dos dedos e com os lábios.
– Acho que não dá para fazer nada – suspirou a mulher. – Assumi que, mais tarde ou mais cedo, o vestido inteiro se vai rasgar, portanto pedi a uma amiga que fosse a casa e me trouxesse outro.
Sam pensou que devia ser verdade que não tinha coração porque aquela mulher estava numa situação muito embaraçosa e ele não podia deixar de pensar em beijá-la e acariciá-la.
Naquele momento, a brisa começou a ser um pouco mais forte e Titania estremeceu. Sam teria gostado de a levar para a praia, deitá-la sobre a areia e… mas tinha frio.
– Tome – disse-lhe tirando-lhe o casaco e colocando-lho sobre os ombros.
– Ah – surpreendeu-se ela. – Muito obrigada… a verdade é que não esperava… é muito amável.
A seguir, fechou o casaco, que lhe ficava grande, mas lhe dava um ar do mais sensual. Sam decidiu que queria resgatá-la, levá-la para um lugar onde se sentisse sã e salva.
– Não é possível ficar aqui toda a noite – comentou. – Que lhe parece se a levar a casa?
Ellie detectou um certo desejo na sua voz grave e a sua antena sexual começou a calibrar. O homem era um diabo encantador de sorriso malicioso e olhos prenhes de paixão. Ela não estava para seduções, mas o desconhecido era realmente bonito e parecia civilizado e sofisticado.
Há quanto tempo um homem tão incrível não reparava nela? Ellie reparou que não usava aliança, mesmo sabendo que isso não queria dizer que não fosse casado. O mundo estava cheio de homens atraentes dispostos a partirem corações, mas sem nenhuma intenção de se casarem nem de constituírem família. Por que não, se havia tantas mulheres sós no mundo?
Claro que, por outro lado, parecia amável e educado. Pelo menos, emprestara-lhe o casaco.
Quando os seus olhos se encontraram, Ellie sentiu um calafrio pelo corpo todo que a obrigou a fazer um grande esforço para não ceder perante a atracção sexual.
– Não creio que a Charmaine… ou seja a Scarlet… demore muito a voltar – respondeu.
– Há quanto tempo está aqui?
– Uma ou duas horas – confessou Ellie encolhendo os ombros. – Sem dúvida, esta não é a minha noite.
– Isso ainda se pode arranjar – comentou o desconhecido com um brilho especial nos olhos. – Venha, eu levo-a a casa.
Ellie hesitou.
– A verdade é que não devia ir para casa. Tenho de ajudar na festa – respondeu.
E também tinha de conhecer um velho multimilionário grego, a última esperança do banco.
– O senhor trabalha … no banco? – perguntou-lhe.
– Não – respondeu o desconhecido. – Nenhuma das suas amigas vai ficar a dormir esta noite no hotel? Talvez lhe possam emprestar alguma roupa.
– Não, os únicos que ficam no hotel são os chefões – respondeu Ellie.
O desconhecido arqueou o sobrolho como se não tivesse gostado do comentário, mas encolheu os ombros e ficou pensativo.
– Tome – disse-lhe Ellie devolvendo-lhe o casaco.
– Não, não, fique com ele – disse-lhe ele com um sorriso radiante. – Acabo de ter uma ideia. O que lhe parece se, para não ter de continuar à espera da Charmaine, eu falasse com o pessoal do hotel e lhes dissesse para lhe trazerem roupa? Poderia mudar-se no meu quarto. Que lhe parece?
Ellie disse para si própria que, mesmo tendo jurado nunca mais se apaixonar, não era uma freira de clausura. Enquanto acariciava o casaco, que cheirava a homem rico e glamoroso, perguntou-se se seria capaz de fazer algo arriscado por uma vez na vida.
Sam olhou-a de forma inequívoca, como só um homem olha para uma mulher quando a deseja, e Ellie decidiu atirar-se.
– Está bem – concordou.
A seguir, permitiu que o desconhecido a guiasse até aos elevadores. Tiveram sorte e havia um à espera. Ninguém reparou neles. Uma vez no elevador, onde havia luz, pareceu-lhe que o estranho devia andar pela casa dos trinta e muitos. Tinha olhos azuis e cabelo preto e um brilho brincalhão nos olhos. Além disso, tinha a pele bronzeada, o que lhe conferia a perfeição de um deus grego.
Ellie sentiu que o sangue começava a ferver-lhe nas têmporas.
– Vai ficar por muito tempo? – perguntou-lhe tentando manter a calma.
– Não, suponho que poderíamos dizer que sou um convidado do banco – respondeu Sam. – Nem sequer pensava utilizar a suite, mas… agora parece que o vou fazer – acrescentou sorrindo com malandrice e estendendo-lhe a mão. – Chamo-me Sam.
Ellie pensou que aquele nome não era muito normal para um australiano de origem grega e, então, percebeu. Evidentemente, Sam vinha de Samos Stilakos. Sim, não havia dúvida. Quantos gregos ricos ia haver naquele hotel precisamente naquela noite?
Ellie estendeu-lhe a mão. Ao fazê-lo, sentiu uma descarga eléctrica pelo corpo todo.
– Muito prazer.
Enquanto se abriam as portas do elevador, Ellie pensou nos rumores que há mês e meio ouvia na cafetaria sobre aquele homem. Samos Stilakos tinha reputação de ser um homem de negócios desalmado e no banco tinham medo que fosse decapitar os chefes de departamento.
– E você como se chama? – quis saber.
– Prefiro não lhe dizer o meu nome – riu-se Ellie nervosa.
Sam olhou para ela com a testa franzida.
Devia pensar que fazia essas coisas continuamente! Devia pensar que ir ao quarto de um homem que não conhecia de lado nenhum era muito normal para ela!
Ellie perguntou-se de que forma isso afectaria o seu trabalho e decidiu que deveria ir-se embora imediatamente. Sim, deveria devolver-lhe o casaco e correr para a paragem de táxis que havia à porta do hotel, mas não o fez.
Deixou que Sam a levasse para o quarto 525, que até era um quarto muito agradável, mobilado ao estilo impessoal dos hotéis. Uma vez lá dentro, Ellie virou-se para ele e pareceu-lhe que o ar se carregava de desejo.
– Fique à vontade – disse-lhe Sam.
A seguir dirigiu-se a uma mesa, pegou no telefone e falou com o serviço de quartos.
– Que lhe parece um fato de donzela? – perguntou a Ellie, que assentiu. – Um metro e setenta e cinco. Tamanho trinta e oito. Obrigado – acrescentou desligando. – Vão demorar um pouco, mas vão-lho trazer – explicou-lhe indo para o móvel-bar. – Quer um copo?
– Não, não, obrigada – respondeu Ellie tentando ocultar o seu nervosismo.